Coronel é preso na Paraíba suspeito de emitir laudos falsos contra incêndio
O coronel do Corpo de Bombeiros da Paraíba José Carlos de Souza Nóbrega foi preso hoje (23/08/2019), em Cabedelo, região metropolitana de João Pessoa (PB), suspeito de comandar esquema de recebimento de propina para emissão de laudos fraudulentos (laudos falsos) contra incêndio e pânico.

22.03.2007 – Incêndio destrói prédio da Gráfica 2000, localizada em Cabedelo, na Paraíba
Imagem: Francisco Franca/Jornal da Paraiba/Folha Imagem
Segundo o Ministério Público, eram cobrados valores entre R$ 100 a R$ 20 mil para liberação de alvará do Corpo de Bombeiros nos projetos de segurança contra incêndio e pânico na DAT (Diretoria de Atividades Técnicas).
Nóbrega foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Ele estava com um revólver 38, sem registro, e foi levado para a sede do GOE (Grupo do Operações Especiais).
A prisão do coronel ocorreu durante operação Back Fire, do Ministério Público da Paraíba, para desarticular o suposto esquema. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos bairros Altiplano e Bancários, em João Pessoa, e na praia do Poço, em Cabedelo.
As investigações apontam também a participação do engenheiro civil Diego da Silva Castro. Ele é suspeito de intermediar suposta correção de projetos de construção civil mediante pagamento de propina.
Segundo o Ministério Público, o engenheiro civil elaborou 230 projetos de combate a incêndio entre os anos de 2013 e 2018. As investigações quebraram sigilo de dados telemáticos dos investigados.
O Ministério Público afirmou que desconfiou da quantidade de projetos confeccionados pelo engenheiro, e constatou ainda que houve movimentação na conta bancária do coronel com vários depósitos e transferências de quantias realizadas por pessoas físicas e jurídicas do setor da construção civil.
O Corpo de Bombeiros da Paraíba ainda não se pronunciou sobre a operação, pois informou que está colhendo informações aprofundadas.
O advogado do coronel, Cláudio Menezes, informou que após prestar depoimento, o coronel deverá pagar fiança para ser liberado. O suspeito nega as acusações.
A empresa do engenheiro, a DC Engenharia, disse, por meio de nota, que está à disposição da Justiça para esclarecimentos. A DC Engenharia afirmou ainda que “nunca causou prejuízo ao poder público” em sua atuação no mercado.
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